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Capítulo 3 - A Guerreira

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Mensagem por Gabriel D. Sperb Seg Set 22, 2014 7:18 pm

A guerreira


Floresta de Ozboor, uma floresta densa e extensa, a qual cobre grande parte do norte do reino de Avalian, o maior reino de Belorian. Avalian era conhecida como o reino central, lar do alto clero dos magos elementais, os quais eram a elite dos magos supremos do planeta. Lá se concentrava o alto escalão de magos e a grande classe de magia do planeta Belorian. Sua cidade era a maior e mais bela de todas, com seus gigantescos castelos dourados, cobrindo a cidade como se fosse ouro, podendo ser confundida com o próprio sol, quando seus raios refletem na superfície de suas edificações. Mas o foco dos acontecimentos não ocorria nas mediações de sua linda cidade, mas sim ao norte daquele reino, na estrada do imperador.

A estrada do imperador era um caminho que alcançava a todos os reinos do continente principal de Belorian. A muitas gerações atrás, quando os reinos eram divididos e coexistiam entre intermináveis guerras, levando a milhares de seus guerreiros a morte, um imperador unificou os reinos com força e astucia. Ele não apenas conquistou os demais reinos com seu poderio militar, mas sim com sua habilidade política. Aos poucos, criando alianças e unificando reinos, aumentando a força de um único reino com a união de outros, o imperador Avalian conseguiu unir a todos os grandes reinos, criando uma grande nação unificada de Belorian. Uma de suas primeiras medidas fora criar um caminho único que interligasse a todos os grandes reinos, facilitando o transporte e a comercialização de todos. Por conta disso, em sua homenagem, a grande estrada recebeu o nome de “Estrada do Imperador”.

Era próximo dessa estrada que se encontrava um grupo de rebeldes, preparando suas armas e seus trajes para uma emboscada, escondidos na floresta de Ozboor, a qual acobertava um dos ramos da estrada do imperador, cobrindo os dois lados dessa parte do caminho. Suas arvores eram milenares, razão pela qual a floresta apresentava um ambiente com pouca iluminação, pois as copas das árvores cobriam a maior parte dos raios do sol a cerce de 15 metros de altura do solo. Suas raízes por vez criavam paredes e obstáculos em certas partes da estrada, obrigando os viajantes a passarem, certas vezes, por debaixo de uma gigantesca raiz ou até mesmo por debaixo de uma árvore gigante.

Escondidos por detrás de uma das gigantescas árvores da floresta de Ozboor, um grupo de Rebeldes liderados por Ortiz, guerreiro jovem, astuto, de grande habilidade e forte liderança, o qual reunia os líderes do grupo rebelde enquanto esperava que o resto dos companheiros terminasse de finalizar os preparativos do ataque. Com apenas um sinal de mão, Ortiz ordenou aos arqueiros que subissem nas arvores. Rapidamente mais de 30 arqueiros, utilizando garras de ferro nas mãos, subiram até os primeiros ramos das grandes árvores em menos de um minuto. Assim que todos se acomodaram, escondidos entre as folhagens, com rapidez e silencio, todos os arqueiros sacaram seus arcos e prontificaram uma flecha em suas mãos. Em solo, Ortiz se reunia com o grupo de rebeldes, escondidos das raízes de uma gigantesca árvore.

- Agora não temos mais o que planejar, meus amigos. Nossa única arma contra o império dos elementais é nossa coragem e audácia. Eles ainda subestimam a nossa vontade, a nossa força. Mas hoje eles irão sentir o frio do medo em suas espinhas. Mesmo que não seja um ataque poderoso, eles iram sentir uma forte ferroada em seus corações. – Ortiz continuava a falar enquanto repousava a mão no ombro do companheiro a sua esquerda. – Sofremos muito para reunir um grupo de rebeldes capazes de se organizar e unir forças contra os elementais. Mais ainda, conseguimos com muita dificuldade a informação de quando e por onde iria passar o comboio dos cristais de magia do império. Pelos cálculos de nossa inteligência, em pouco tempo as carruagens imperiais irão passar por esse ponto da estrada e com isso eles irão cair em nossa armadilha. Por isso, prestem muita atenção a ordem de nosso ataque. Os arqueiros irão iniciar os disparos, mirando não contra os soldados, mas sim nos carroceiros que estarão dirigindo as carroças de transporte. Planejamos que os mais habilidosos tenham capacidade de acertarem as cordas que prendem as carruagens aos cavalos, impedindo que fujam da emboscada. Ao som de minha voz, todos os guerreiros, de ambos os lados da estrada, irão iniciar o ataque por terra. Temos um total de 60 guerreiros em terra, o que nos dará a vantagem de 2 guerreiros para cada soldado imperial. – Ortiz continuava a falar, olhando nos olhos de cada guerreiro, cada rebelde, cada companheiro que o cercava, todos ouvindo atentamente sua voz. – Após 10 segundos de ataque inicial, eu darei o sinal e todos irão recuar rapidamente e cada um deve se proteger com seu escudo, pois uma segunda onda de ataque dos arqueiros irá iniciar. Novamente, ao som do meu sinal, iremos voltar a atacar os soldados imperiais. Eles não terão chance. Preparamo-nos demais para esse momento e isso nos dá grande poder sobre eles. Se conseguirmos roubar esse comboio de cristais, iremos aumentar a força de nossos grupos rebeldes, enfraquecer a credibilidade e poder do império Elemental e demonstrar a todos os reinos que há um grupo de guerreiros disposto a ir contra a hegemonia Elemental. Não podemos e não iremos deixar nenhum desses soldados escapar com vida de nosso ataque. Sejam convictos na vitória. Sejam impiedosos em seus ataques. Sejam guerreiros da força rebelde de Belorian. Vamos acabar com o império e liberar nosso povo do governo autoritário e desigual dessa corja de magos. Preparam-se.

Os companheiros de Ortiz contraiam seus músculos e seus dentes, em sorrisos e acenos entre eles, contendo a vontade de gritar e urrar após as palavras do jovem líder rebelde, de apenas 23 anos, pois qualquer som poderia ecoar pela floresta e alertar o comboio de cristal do império. Ortiz então fez sinal e todos se espalharam, cada líder indo de encontro ao seu pequeno grupo de guerreiros. Eles se escondiam por trás de enormes raízes das árvores de Ozboor, esperando a hora de entrar em ação. A floresta permanecia silenciosa, apenas com o som do vento entre as folas das arvores e a musica dos pássaros ao redor da floresta. Ortiz estava deitado no chão da floresta, por detrás de um grande tronco antigo de árvre, cuidando a aproximação do comboio. Ele amarrou seus longos cabelos negros com uma tira de couro, para não lhe atrapalhar durante o ataque, sacou dois longos sabres, um em cada mão, se prontificando para o ataque.

Em poucos minutos, com os olhos fechados e completamente focado ao som do ambiente, Ortiz sente o movimento dos cavalos do comboio reverberar no solo e o som dos cascos dos cavalos ecoar de longe, a um quilometro de distância. Unindo seus lábio, o jovem líder emitiu um assovio muito parecido com o som de um pássaro, o que seria o sinal para todos os rebeldes se prontificarem para a hora da emboscada. Em pouco tempo todos puderam sentir o comboio passar pela zona de ataque. Os rebeldes em solo permaneciam deitados e escondidos, sem visualização das carruagens. Apenas confiavam e esperavam o sinal de seu líder para atacarem. Por cima das árvores, os arqueiros permaneciam escondidos entre as folhagens, esperando a hora certa de atacar. Ortiz estava escondido na parte mais a frente da estrada, esperando que os inimigos entrassem completamente na zona de ataque por ele estipulada, para assim não gerar o risco de alguma carruagem fugir da emboscada. Ele não utilizava seus olhos para identificar a localização de cada carroça, apenas seus sentidos, focando-se no solo, nos sons e até mesmo no vento ao seu redor.

Assim que ele sente ser a hora certa, ele pressiona seus lábios mais uma vez e emite um forte som de pássaro, mas dessa vez com muito mais entonação do que o primeiro sinal. Rapidamente os arqueiros se movimentam e iniciam uma onde de disparos contra o comboio. Em menos de 3 segundos cerca de 90 flechas são disparados contra as 8 carruagens que compunham o comboio de transporte. As flechas, como planejado, não atingiam os soldados, mas sim os carroceiros e a cordas que prendiam as carruagens aos cavalos, soltando os transportes dos animais em poucos segundos. Ortiz então soou um grito de guerra ao mesmo tempo em que se apresentava ao ataque, saindo de seu esconderijo e indo em direção da carruagem que estava mais a frente. Esse era o sinal que todos os guerreiros esperavam. Junto com seu líder, todo o grupo de rebeldes saia de onde estavam escondidos e correm em direção do comboio inimigo, emitindo gritos de fúria e com suas armas em punho.

Ortiz saltou contra o primeiro soldado, o qual estava á cavalo, e num rápido movimento o golpeou duas vezes, uma com cada sabre, em ambas as mãos. Seu primeiro golpe desarmou com rapidez o inimigo e seu segundo lhe cortou a garganta. Tudo isso antes que seus pés tocassem o solo. Ele então é atacado por outro soldado a cavalo, esse se utilizando de uma grande lança. O jovem rebelde da um salto em direção da carruagem, chuta duas vezes a superfície da mesma para se impulsionar contra o cavaleiro inimigo. Ele então utiliza um dos sabres para desviar o percurso da lança de seu corpo e com o outro ele perfura o peito de seu adversário. Assim que o líder rebelde toca o solo, ele entoa mais um sinal para suas tropas.

Nesse momento todos os guerreiros rebeldes, alguns já feridos entre outros que já haviam morrido, recuam da luta e escondem-se  por baixo de seus escudos, curvados contra o solo. Em um segundo após o sinal de Ortiz, os arqueiros iniciam uma nova onde de disparos, atingindo com precisão a todos os cavaleiros que ainda restavam no campo de batalha. Alguns cavaleiros tombavam de seus cavalos, agoniando pelos ferimentos que haviam sofrido, mas outros permaneciam em posição, prontos para defender o comboio.

- Quem diria que esses malditos soldados do império tem coragem? Matem todos!!! – questionava-se ironicamente e ordenava o final do ataque, o líder rebelde.

Seus guerreiros não esperaram nem um segundo para cumprirem sua ordem e atacaram os últimos soldados restantes. Esse por sua vez, continha duas flechas em seu peito e fora atacado ao mesmo tempo por 4 rebeldes, os quais esquartejaram seu corpo em uma fração de segundos. Todos gritavam e urravam pela vitória esmagadora contra os soldados do império, mas tudo se silencia com um único grito.

- Onde estão os cristais!? – Gritava um guerreiro rebelde, acima de um das carroças, assim que havia retirado a lona de transporte e identificou que lá só havia pedaços de rochas. – Não há cristais aqui, meu líder. Há apenas um amontoado de pedras nessas carruagens. O que significa isso – o Guerreiro questionava Ortiz, enquanto o líder caminhava de encontro à outra carruagem. Ele retirou a lona de uma, duas, de três das carruagens, identificando a mesma coisa em ambas. Aquele comboio só estava transportando pedras ao invés de cristais. Pedras sem nenhum valor. E isso fez com que o corpo de Ortiz se arrepiasse.

- Armadilha. – Dizia Ortiz em baixo tom, enquanto fitava as pedras que estavam sendo carregadas pelos transportes dos inimigos. Ortiz havia ficado tenso, com seus olhos preocupados, analisando aquela situação surpreendente aos seus olhos. Antes que ele pudesse reagir ao que acabará de descobrir, um forte som ecoa por todos os lados da floresta. Um rugido forte, agudo, tão alto que faz com que o som ecoasse por todos os lados da densa floresta de Ozboor, fazendo com que todos do grupo de rebeldes se apavorassem ao ouvi-lo. – DRAGONETES! CORRAM! – Gritou Ortiz enquanto saltava da carruagem, ordenando a todos que fugissem do local.

De longe, por cima da copa das árvores, um grupo de 10 dragonetes rompeu os últimos ramos das árvores de Ozboor, despencando em direção ao solo. Cada dragonete estava sendo montado por um soldado Imperial, o qual comandava seus movimentos, fazendo com que o dragonete desviasse de galhos, folhagens e outros obstáculos com extrema rapidez e precisão. Em poucos segundos, antes que chegassem ao solo, um por um os dragonetes mudavam sua direção, evitando a colisão com o solo úmido da grande floresta. voando cerca de 5 metros acima do solo, o esquadrão de dragonetes agora se dirigiam em direção do grupo de rebeldes, os quais foram rapidamente alcançados, em pouquíssimo tempo. Mas agora o grupo de inimigos se dividia em duas linhas de ataque, pois parte do grupo planava rente ao solo, atacando a cabeça dos guerreiros rebeldes com suas garras, destroçando seus crânios como se fossem simples aboboras em suas mãos.

Enquanto o grupo que atacava os guerreiros em terra seguia com sua chacina, sem sofrerem nenhuma perda, pois seu ataque era rápido e violento, um segundo grupo aumentou de altitude e iniciou um ataque ao grupo de arqueiros. Sem nenhuma proteção a não ser o galho das grandes árvores de Ozboor, um à um os arqueiros eram lançados de cima das arvores, em queda até o solo, golpeando este com força e sem chance de proteção. Mas em um longo ramo de um das mais altas árvores daquela parte da floresta, um dos arqueiros conseguiu resistir do impiedoso ataque dos dragonetes. Ele correu em direção ao tronco principal da árvore, disparou uma flecha em sua superfície e, utilizando de grande velocidade em sua corrida, utilizou a flecha que havia disparado anteriormente como apoio, desferiu um segundo chute na superfície do gigantesco tronco da arvore e, em uma acrobacia extremamente precisa, ele se projeta sobre um dos dragonetes que o atacariam caso sua manobra não tivesse êxito.

Assim que o arqueiro pousa por cima da fera alada, com sua cabeça encoberta por um enorme capuz e um lenço que lhe cobria o rosto, em menos de um segundo ele retira uma nova flecha e dispara a queima roupa contra o soldado que o estava comandando. A flecha atravessa sua cabeça com violência, quase passando completamente por dentro de seu crânio. Um rápido movimento o arqueiro lhe desfere um chute em sua cabeça, lançando o soldado para fora de sua montaria. Mesmo sem experiência necessária, o rebelde se lança por cima do dragonete agora desgovernado e puxa suas rédeas, desviando de uma gigantesca árvore que estava a sua frente. Mesmo com seu coração batendo sem controle em seu peito, o rebelde retorna ao caminho que estava seguindo e vai em direção ao grupo de companheiros que estavam sendo atacados. Vendo os outros inimigos sobrevoando e matando todos os rebeldes restante, o arqueiro retira de sua aljava duas flechas, de uma só vez. Ele levanta rapidamente de seu acento, se equilibra de pé sobre as costas do dragonete e rapidamente dispara um tiro duplo, atingindo dois soldados que montavam seus dragonetes, os quais estavam voando muito próximos uns dos outros.

Essa ação chamou a atenção do líder do esquadrão, o qual faz um sinal manual e ordena que dois dos companheiros em suas montarias dessem fim a ameaça do arqueiro rebelde. Eles vão com velocidade contra o rebelde e sua montaria roubada, tanto um quanto o outro voando na mesma direção um do outro. Porém, quando os soldados imperiais preparavam suas lanças, montados em seus feras, o arqueiro faz sua montaria virar de ponta cabeça e passa por baixo dos dois inimigos. Após passar pela ameaça dos soldados imperiais em segurança, o rebelde faz com que sua montaria voltasse ao sentido normal do voo e localiza Ortiz correndo pela floresta. o líder era perseguido por 4 dragonetes, pois era o único que ainda sobrevivia ao ataque dos inimigos alados, fora o arqueiro, no qual ia em sua direção.

Ortiz retira de seu colete duas facas em cada uma das mãos. Com extrema habilidade, o guerreiro lança as 4 laminas na superfície de uma árvore e utiliza as mesmas como escada, chegando rapidamente ao primeiro ramo de galhos, conseguindo desviar das lanças que eram lançadas contra eles. No nível abaixo, os dragonetes passam com velocidade, rentes ao solo, iniciando uma manobra de retorno, assim que ultrapassam o líder rebelde que havia se protegido no ramo de uma enorme árvore. Ortiz analisava e tentava achar o meio mais eficaz de fugir daquela situação, mas os dragonetes tinham tanta velocidade que o guerreiro não conseguia identificar uma rota de fuga que fosse rápida o bastante. Ele estava a mercê do próximo ataque das feras voadoras e não conseguia identificar um bom plano de escape, quando então um rápido assovio chamou sua atenção.

Vindo da direção contrária, o arqueiro sobrevivente, montado em um dos dragonetes, vira mais uma vez de ponta cabeça e estirava seu braço, tentando alcançar Ortiz. O líder rebelde identifica a manobra rapidamente, saltando para cima, conseguindo alcançar o braço do arqueiro, sendo resgatado com eficácia. Assim que os dois rebeldes prendem seus braços, o arqueiro mais uma vez comanda sua montaria, a fazendo voltar ao sentido normal de voo, enquanto segurava o líder de seu grupo com uma das mãos.

- Muito obrigado, companheiro! Eu nunca vou me esque... – A fala de agradecimento de Ortiz é interrompida quando uma lança atravessa seu peito. Um grupo de dragonetes agora seguiam os dois rebeldes restantes, arremessando lanças enquanto os perseguiam em alta velocidade, por debaixo das copas das arvores de Ozboor. O jovem Ortiz, mesmo com grande força e resistência, aos poucos vai perdendo a força de seu tônus muscular, por conta do grande golpe que havia recebido. O arqueiro resistia como conseguia, pilotando seu dragonete com uma das mãos enquanto sustentava todo o peso de Ortiz com a outra. Seus inimigos estavam cada vez mais perto e seu temor era que a próxima lança tivesse como destino a sua cabeça. Sem ter o que fazer, o rebelde solta Ortiz, que é rapidamente pego por outro dragonete inimigo em uma manobra rasante, muito próximo do solo. De longe o arqueiro pode ver o corpo de seu ex-líder seu dividido em dois pelas garras da fera alada.

Agora em uma parte da floresta onde as arvores geravam maior dificuldade de voo, pois os ramos de suas árvores cresciam para todos os lados e a vegetação daquela região era mais densa, o arqueiro se utiliza dessa característica para planejar sua fuga. Enquanto era perseguido, tentando com máxima precisão desviar de todos os obstáculos em sua frente, o rebelde puxa as rédeas de sua montaria e faz a fera voar em direção aos céus. Assim que ele entra na copa de uma das gigantescas árvores de Ozboor, o arqueiro salta da montaria alada e rapidamente se esconde por entre suas folhagens. Esperando até que os outros inimigos passassem com velocidade pela copa da árvore que havia utilizado para se esconder, assim que vê uma brecha, o arqueiro salta de seu esconderijo, caindo por 20 metros até utilizar uma adaga contra o tronco da árvore ao seu lado. A adaga ia cortando, deslizando e diminuindo a velocidade de queda do arqueiro, que chega ao solo sem sofrer nenhum dano.

Ele guarda sua adaga e procura um local seguro para se esconder novamente, pois sabia que o restante da patrulha dos Imperiais iria procura-lo por mais algum tempo, após identificarem que ele havia abandonado a montaria que havia roubado anteriormente. Utilizando os restos de um carvalho negro, coberto por limo e vegetação, o guerreiro esconde-se e lá permanece até identificar o momento mais seguro para fugir. Após duas horas de procura, sendo utilizada como caminho por aranhas, pequenos lagartos, e outros animais rastejantes sem se mexer, o arqueiro percebe que a patrulha de dragonetes havia ido embora.

Após sair de seu esconderijo, caminhando sozinho pela escuridão da floresta de Ozborr, após 6 longas horas de jornada, o arqueiro finalmente consegue chegar ao acampamento secreto, localizado nas mediações da floresta. Assim que ele havia colocado seus pés dentro do acampamento, diversos outros rebeldes vieram em sua direção. Muitos perguntavam o que havia ocorrido e onde estavam os companheiros, mas o silencio do arqueiro respondia as perguntas sem precisar emitir qualquer palavra. Sua caminhada não sessou até chegar ao barracão do grupo de inteligência, onde o único sobrevivente da chacina entrou sem ao menos pedir licença e se pôs diante dos 4 comandantes e seus guardas.

- Mas o que você pensa que está fazendo, soldado? Acha que pode entrar nas instalações de nossos líderes como bem entender? É melhor ter uma explicação para tal ato! – Dizia Tarok um dos guardas que realizavam a segurança dos líderes dos rebeldes. Um guerreiro feroz, conhecido pelos soldados rebeldes como Búfalo Purpura, pois sua largura intimidava qualquer guerreiro na parte do tórax de sua armadura ela mandara gravar o brasão de sua família, em um metal purpura com duas pequenas joias de cor roxa nos olhos de uma serpente.

Sem hesitar, o arqueiro sacou uma de suas flechas da aljava e em um rápido movimento com seu braço direito fez com que a ponta de sua flecha parasse assim que havia tocado a superfície da pele abaixo do queixo do guardião que o questionava, fazendo com que a ponta de sua flecha penetrasse um milímetro da pele abaixo do maxilar do companheiro rebelde. – Minha única explicação é o corpo sem cabeça de meus companheiros e o corpo esquartejado de nosso líder! – O Arqueiro finalmente havia dito uma palavra, mas, para espanto de todos ali presente, o som de sua voz não era o som que esperavam?

Tarok estava congelado, com a ponta da flecha por debaixo de seu queixo, fazendo uma fina linha de sangue escorrer por seu pescoço por conta da parte afiada da ponta da flecha. – Uma mulher?! – Questionava o guerreiro enquanto a agora declarada arqueira continuava a segurar a flecha contra seu maxilar, deixando Búfalo Purpura completamente rendido pelo leve armamento de combate.

A arqueira então retira a flecha do maxilar de seu companheiro e, após um rápido movimento, girando a flecha em sua mão, ela a retorna à sua aljava. Logo após o evento, a mesma retira seu capuz com a mão esquerda, o repousando por detrás de sua cabeça. Com a mão direita, a mesma retira o lenço negro que cobria seu rosto, deixando a amostra seu rosto extremamente feminino, se não fosse sua expressão de severidade pela angustia que sentia ao ter visto todos os companheiros de batalha trucidados pelas mãos dos soldados imperiais.

- Hayler! – Gritou surpreso um dos comandantes que lá estavam presentes. – Como você veio parar aqui? Você não deveria ter vindo para cá. – Indagava o líder da inteligência, Lanus, responsável pelos planejamentos das ações militares do grupo. – Guardas, retirem-se. – Ordenou o líder.

- Mas meu senhor? – Questionou Tarok surpreso, ao ouvir as ordens de seu comandante.

- Agora, Tarok. – Confirmou a voz do líder, enquanto fitava com uma expressão de profunda preocupação a jovem arqueira.

Após o grupo de guardas sair do grande barracão onde se encontravam os líderes dos rebeldes, todos os 4 líderes sentaram-se ao redor da mesa oval que encontrava-se no centro do local. Hayler permanecia de pé, porém a jovem guerreira aproximou-se da mesa, ficando a frente de todos os líderes, os quais sentaram-se próximos, ao lado contrário onde Hayler se encontrava.

- Sente-se Hayler. – Indagou Lanus.

- Prefiro ficar de pé. Obrigada. – Respondeu rapidamente Hayler, com seu arco preso em seu peito e suas duas mãos repousadas em duas adagas, uma em cada lado de sua cintura. A jovem permanecia com uma postura ereta, esperando ouvir as indagações de seus comandantes.

- Que seja. Hayler, me surpreendo muito de te ver entre os soldados rebeldes. Por muito tempo você foi treinada para ser uma líder. Tem aptidões de combate únicas. Seus conhecimentos de guerra, assim como em diversos ramos acadêmicos de nosso mundo, seriam de suma importância para nossa inteligência. Mesmo assim você está desaparecida a mais de um mês. E agora você simplesmente aparece entre o grupo de Ortiz? No que você estava pensando? – Lanus questionava a guerreira com uma voz ponderada, não tão severa quanto antes dos soldados saírem do local.

- Chega Lanus. Essa discussão já foi feita outras vezes e nunca chegamos a um consenso. O que eu queria ouvir era o motivo do esquadrão de Ortiz ser reduzido a nada em menos de um minuto. Todos pareciam preparados. Ortiz era um dos nossos melhores guerreiros e agora seus pedaços estão divididos no coração dessa floresta maldita. Que tipo de planejamento é essa? É assim que a inteligência dos rebeldes está se organizando? Mandando ataques suicidas e enviando seus melhores homens a morte? – Falava com veemência Harley, sempre com a voz em tom ponderado, mas fazendo com que suas palavras abalassem a moral de seus líderes.

- Chega garota! Você já fora muito privilegiada por suas raízes. A proteção do reino de seu pai é um dos mais fortificados por nossos grupos se segurança. Uma pessoa como você sabe muito bem que temos que dividir nossas forças entre todos os reinos da aliança contra os Elementais. Sem os reforços de nossos soldados, as tropas de Cyberdon já teria eliminado a todos naquela região. É por nossas ordens que parte de nossos soldados permanecem resguardando o que restou de Arthax. – Disse enérgico um dos líderes ali presentes. Seu nome era Détalos, responsável pela coordenação de intendência das tropas rebeldes.

- Primeiramente, comandante Détalos, todos aqui sabem que se não fosse os esforços de meu pai, não haveria se quer uma organização rebelde contra o Império Elemental. Esforços esses que lhe custaram à vida. Não quero desrespeitar ninguém desse conselho, Mas eu preciso saber o que aconteceu. Eu vi meus companheiros serem aniquilados em questão de segundos por um grupo de soldados utilizando dragonetes como montaria. Um esquadrão desse tipo não fora simplesmente chamado ou meramente estaria fazendo a segurança de um comboio. Mesmo que realmente existissem cristais de magia sendo transportados por aquele comboio, não vejo nenhuma possibilidade desse esquadrão estar fazendo sua proteção. Agora Ortiz está morto. Ele era uma dos melhores guerreiros de nossas tropas. Junto com seu grupo de rebeldes ele já defendeu inúmeros ataques e conquistou o apoio de diversos vilarejos. Vilarejos estes nos quais contribuíram com suprimentos, estalagem e até jovens soldados a nossa causa. Parte desses soltados agora viraram alimento para os vermes de Ozboor. Perdemos homens, perdemos um líder e peça importante para nossa luta e não levamos nada. Nada! Eu preciso saber se temos noção do que estamos fazendo. Pela vida que meu pai deu a essa luta. Pela vida de todos os soldados decapitados nas entranhas dessa floresta amaldiçoada. Por favor, me expliquem, para que eu possa continuar lutando por vocês, como venho fazendo escondida pelos últimos 35 dias. – Hayler rebatia o questionamento e crítica de seu líder, deixando a todos perplexos com seus questionamentos referentes ao que havia acontecido. Suas palavras pesaram no coração de cada líder ali presente, tornando possível que a própria Harley percebesse a angustia dos velhos comandantes dos rebeldes.

- Fomos traídos. – Responde Lanus, com uma voz de pesar, após alguns segundos da jovem guerreira terminar seu discurso. O velho líder olhava para ela com o rosto amargurado, quase não tendo coragem de contar o que realmente havia acontecido. – Nossa fonte da cidade de Avalian nos traiu. Anteriormente ele havia nos dados valiosas informações sobre as ações do exercito dos Elementais. Mas agora paira a duvida de que se essas informações seriam na verdade uma isca para atrair nossa confiança ou se ele simplesmente passou para o outro lado. Caímos em sua armadilha cegamente. Eu sinto muito, Hayler. Tínhamos esperanças que esse ataque mudaria o curso da guerra para nós. Roubar um carregamento de cristais dos Elementis não seria apenas um acréscimo em nosso poderio militar, mas também na moral da tropa. Estávamos crendo que se fossemos bem sucedidos nesse ataque, teríamos apoio de mais alguns reinos, os quais ainda se apresentam temerosos em apoiar a resistência. Se não conseguirmos o apoio de outros reinos, calculamos que nosso grupo não irá conseguir resistir por muito mais tempo. Estamos em um momento difícil de nossa luta. Mas não podemos simplesmente perder a fé em nossa batalha. Perdemos vidas demais para simplesmente desistirmos agora. Você tem a nossa palavra que continuaremos a lutar até o ultimo homem. – Lanus respondia com mais tranquilidade ao terminar sua fala. Sua angustia transparecia para todos ali presente, principalmente para Harley.

- Você não precisa me dizer coisas desse tipo. Não é minha intenção desistir da luta que meu pai começou. Sua morte não será em vão, nem que eu tenha que marchar sozinha contra Avaliam. Mas eu queria ouvir mais que simples pesares. Queria uma resposta de contra ataque. Queria ouvir nossa resposta a armadilha dos Elementais. Eu queria ouvir palavras que me fizessem crer que nossa luta ainda tem um foco e que com ele nós teríamos condições de vencer essa guerra. Guerras não serão vencidas apenas com bravura. Lutar até o ultimo homem não nos adiantará de nada. São palavras bonitas, mas do que adianta sacrificarmos todas as nossas forças sem margem de vitória. Você diz termos necessidade de incorporarmos mais reinos, mas tudo que ouvi aqui foram lamentações dos erros que cometemos ao mandar nossos homens para morte. Como que essas palavras irão atingir os corações dos outros povos. Como pretendem conquistar a lealdade de mais um soldado com esse tipo de discurso. A hora de sermos poéticos já passou. Meu pai enterrou esses discursos poéticos a muito tempo. Guerras são vencidas com planejamento, liderança e convicção. E em nenhum momento eu pude sentir alguma dessas características em suas palavras. Sinto-me perder a fé em vocês. – Falava a guerreira, ainda com folego bastante para uma segunda onda de questionamentos aos seus comandantes. – Não vou exigir mais de vocês, pois compreendo que hão de avaliar bem a situação em que nos encontramos agora. Mas, não querendo faltar com respeito a esse conselho de líderes, precisam de um plano de ação rápido. Assim como antes, me nego a liderar nossas tropas da retaguarda, a quilômetros de onde acontecem os combates. Mas estou a disposição para o que precisarem em luta. Se acredita no que disse anteriormente, tio Lanus, se achas que eu tenho habilidades de liderança e combate que possam ser úteis para vocês, usem-me no campo de batalha, pois é lá que eu irei me encontrar. Com sua licença, meus comandantes. – Agora, já mais aliviada por poder expressar suas frustrações perante seus líderes, Harley faz uma breve reverência e toma a direção da saída do barracão de comando.

A garota vai em direção a reserva de água. Lá ela retira parte do traje de couro de seu corpo, descobrindo completamente a parte de cima de seu traje. Sozinha na barraca onde o reservatório de água se encontrava, Harley retira a ultima peça de roupa que cobria seu tórax, ficando com os seios completamente nus. Com uma caneca, a guerreira banhava seu pescoço, rosto, seios e abdômen, lavando as manchas de terra e suor  que cobriam parte de seu corpo. O mais difícil fora esfregar seu rosto, o qual apresentava parte do sangue de Ortiz, cujo sangue fora lançado em seu rosto assim que a lança havia perfurado o peito do rapaz. Tentando segurar suas emoções, ao passar em sua mente as cenas de seus companheiros tendo suas cabeças esmagadas pelas garras dos dragonetes, ela mergulha sua cabeça em um dos barris de água, tentando esfriar seus ânimos. Após quase dois minutos submersa, tentando acalmar a angustia que a afligia, Harley levanta com rapidez sua cabaça do barril de água, lançando seus longos cabelos negros para trás e uma onde de água a medida que seus cabelos percorriam o caminho do barril até suas costas.

Enquanto secava seus cabelos e seu corpo, com toda a parte acima de sua cintura completamente nua, usando um velho pano que havia encontrado entre os barris, a arqueira é interrompida por Lanus, o qual se espanta ao ver a garota com a parte de cima de seu corpo completamente nua. O corpo de Harley tornava impossível que qualquer pessoa conseguisse ignorá-lo. Fora duas cicatrizes em suas costas, a jovem apresentava um corpo escultural. Mesmo sendo uma guerreira, seu corpo era feminino, não apesentando uma aparência musculosa. Sua pele era bem cuidada, característica na qual era possível pois vinha de uma família com boas condições. Seus cabelos eram tão pretos como a crina de um cavalo negro, que reluzia seus cabelos ao refletir parte da luz do ambiente. Seus olhos castanhos amendoados eram profundos, escondidos por cilhos negros, o que dava um ar de força a jovem rebelde. Mas tudo isso ficava a um nível abaixo de seus seios. Firmes, tenros, macios, suficientes para que duas mãos sustentasse cada um de seus seios. um olhar em uma fração de segundos era suficientes para que qualquer homem sonhasse com os seios de Harley.

Lanus, ao se surpreender com a visão, sabendo da beleza da jovem, a qual já havia encantado a muitos dos guerreiros e companheiros de grupo rebelde, rapidamente escondeu seus olhos com um dos braços, virando sua cabeça para fora da barraca, dando de costas para que a jovem pudesse se cobrir sem que ele invadisse sua intimidade.

- Pelos deuses, Harley. Não devia ficar despida dessa forma num lugar como esse. – Questionava Lanus.

- E onde mais eu iria me limpar, tio Lanus? Algumas das barracas já estão sendo desmontadas para irmos embora desse lugar. Além do mais, há alguma barraca reservada para guerreiras mulheres. Alias... há outras guerreiras nesse acampamento? Não há lugar próprio para isso e você sabe. Seja profissional. Sou seu companheiro de combate. – Dizia Harley enquanto terminava de secar seus cabelos, deixando seu corpo ainda nu.

- Que se foda o profissionalismo, Harley. Essas coisas mexem com a moral dos homens. Você deveria saber que isso poderia acabar mal. Não imagino o que aconteceria se um dos soldados entrasse aqui e visse você despida desse jeito. Após meses sem ver uma mulher nua, ainda mais uma jovem que veio de uma boa família como você. Não quero outro incidente que incapacite um de nossos soldados. – Respondia Lanus ainda de costas para Harley, mas agora com seu rosto descoberto, apenas olhando para cima da barraca, passando seus olhos pelas cordas que a prendiam nas toras de madeira.

- Já expliquei ao conselho que foi em legitima defesa. Alias... Vocês homens possuem duas bolas. Uma a mais uma a menos não faria diferença para aquele porco. – Dizia a jovem enquanto colocava novamente a blusa que lhe cobria os seios. – Deu, tio. Já podes me olhar agora. –

- Assim está melhor. – Virava-se podendo agora falar com a sobrinha, a qual apresentava-se decente, mesmo que aquela blusa permitisse que olhos mais atentos vissem com perfeição os rígidos bicos de seus seios, tenros pela água fria que os havia molhado a poucos minutos atrás. – Preciso de você. Você disse que queria ser utilizada não na retaguarda, mas em combate. Bem... Temos uma missão que não seria bem uma manobra de combate, mas é de suma importância para nossas tropas e não confio em ninguém melhor do que você para realizar essa missão. Você é um dos melhores guerreiros que eu já vi. Não é a toa que foste a única a escapar com vida desse ultimo desastre. –

- Estou ouvindo. – Ela questionava enquanto arrumava suas adagas no cinto de sua cintura.

- Precisamos que um pequeno grupo vá até Risys. Conseguimos informações de um contrabandista que oferece armamento tecno-mágico por um preço acessível. Mas sabemos o quão difícil são as negociações com esses contrabandistas de Risys. Se eu mandar qualquer um, eles serão feitos de tolos e sairão de lá com metade do armamento que precisamos, além de pagarem o dobro do preço. – Explicada Lanus a Harley, que agora amarrav seus cabelos com uma fina linha de couro em suas costas.

- Eu pedi uma missão de combate. Quem vou combater em Risys. Eles são inimigos dos Elementais, não nossos. Que seus companheiros burocráticos cuidem disso, tio. Eu vou estar onde precisam de mim, na linha de frente aos ataques contra o Império Elemental. – Respondia com rapidez ao pedido de Lanus.

- Faça isso e eu lutarei para colocar um grupo de bons guerreiros sob seu comando. – O velho pausa brevemente sua fala, sorrindo enquanto vê que a jovem agora vira seu rosto, prestando mais atenção em suas palavras. – A tempos você quer um grupo ao seu comando, não estou certo? Se fizer isso, se tiver êxito e conseguir voltar para nós com um carregamento de armas tecno-mágicas, não só irá adquirir a atenção de meus companheiros da inteligência, mas sim de toda a tropa de nossa força rebelde. O único motivo para você não estar na liderança de alguma tropa é que ainda não conquistou a confiança dos líderes. –

- E porque sou mulher. – interrompeu a fala de seu tio.

- Sim. E porque você é mulher. –

- E porque seus companheiros tem medo de perder o apoio de meu reino caso eu morra. – Interrompeu mais uma vez o discurso de Lanus.

- Sim, Harley. Por inúmeras razão. Razões essas que serão rebatidas caso você traga essas armas. Se trouxer elas para nós, irá injetar esperança para nossas tropas. Eu compreendo e concordo com alguns pontos que vocês colocou enquanto estava diante de meus companheiros a pouco tempo atrás. E por isso eu estava lutando para fazer de Ortiz um dos conselheiros da inteligência da resistência. Mas agora preciso de ti. Preciso que prove tudo o que falou. Que seja ousada e que tenha sucesso nessa missão. Vá a Risys. Consiga-nos essa carga de armamento. Tenho certeza que nenhum contrabandista larápio irá conseguir lhe enganar. Você é a mais inteligente e forte que já conheci. Seu pai teria orgulho de ver a mulher que se tornou. – Finalizava Lanus, com um sorriso no rosto, enquanto fitava Harley.

- Meu pai sempre disse que você era o mais sujo dos políticos. Não porque mentia, mas porque tinha o dom das palavras. – Dizia ela respondendo o sorriso do tio com um próprio. – Tudo bem, tio. Vou ir até Risys e conseguir esse armamento. –

- Fazia meses que não via um sorriso em seu rosto. Só com isso meu moral cresce de forma imensurável. Muito obrigada minha Harley. Harley, da família de Artax. Mesmo você sendo muito jovem e eu sendo muito velho para sonhos juvenis, tenha certeza que seu nome ainda será lembrado por toda Belorian. Um dia nosso povo mais uma vez se unificará e saberá dos sacrifícios que jovens guerreiros como você realizaram por todos. Creio muito nisso. – Lanus sorria enquanto abraçava Harley, que respondia seu abraço com força, em um breve momento sentimental que os dois rebeldes lhe concederam por alguns segundos.




Gabriel D. Sperb
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